Foto: Sinprosm/Divulgação
Ato saiu da Praça Saldanha Marinho em direção à sede da prefeitura
O Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria (Sinprosm) realizou um ato geral de greve na manhã desta quarta-feira (19), na Praça Saldanha Marinho. O sindicato pede a retirada do projeto protocolado pelo Executivo e que está em tramitação na Câmara de Vereadores.
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A mobilização começou às 9h e, no fim da manhã, o grupo de professores seguiu em passeata pela Rua Venâncio Aires até a prefeitura. Na sede do Executivo municipal, professores entregaram à vice-prefeita, Lúcia Madruga, uma carta de rejeição à Reforma da Previdência.

Reunião de "poucos avanços", segundo sindicato
O ato ocorre um dia após a retomada do diálogo entre o Sinprosm e a Prefeitura de Santa Maria. Na terça-feira (18), representantes da categoria se reuniram com o prefeito Rodrigo Decimo (PSD) e com a vice-prefeita. O encontro, solicitado pelo sindicato, teve como pauta a greve dos professores e a Reforma da Previdência. Apesar da reabertura da mesa de negociação, segundo o sindicato, os principais pontos defendidos pela entidade não avançaram.
Durante a reunião, o Sinprosm voltou a pedir a retirada dos projetos que integram a reforma. Decimo reiterou que a discussão está no Legislativo e que não pretende retirar as propostas. O prefeito afirmou que o Conselho Consultivo criado para tratar do tema pode sugerir ajustes e que o Executivo segue aberto ao diálogo.
Além da pauta previdenciária, o sindicato apresentou reivindicações como reajuste salarial conforme a Lei do Piso, chamamento de concursados, pagamento integral dos dias de greve, elaboração de nova lei de cargos e compromisso de não atrasar o 13º e demais salários. O grupo também solicitou que o prefeito recebesse a categoria nesta quarta-feira, durante o ato que culminou na entrega da carta.
O Sinprosm informou que mantém posição contrária à reforma e que uma nova assembleia deve ser convocada nos próximos dias para definir os próximos passos do movimento.
Greve
A mobilização ocorre em meio à ampliação da greve dos Municipários. Em assembleia realizada na noite de segunda-feira (17), os servidores decidiram paralisar por 10 dias, a partir de 24 de novembro, também em protesto à Reforma da Previdência. O comando de greve informou que o período poderá ser prorrogado.
Já na rede municipal de ensino, os professores estão em greve desde 5 de novembro. O balanço mais recente da Secretaria de Educação (SMEd), divulgado em 12 de outubro, mostrava seis escolas totalmente paralisadas e 22 com adesão parcial. A pasta informou que o levantamento tem caráter administrativo e que o documento permanece aberto para atualização das escolas. A SMEd reforçou que, ao fim do movimento, será elaborado cronograma de recuperação das aulas para cumprimento dos 200 dias letivos e 800 horas-aula obrigatórias.
Os quatro projetos que compõem a Reforma da Previdência seguem em análise na Procuradoria Jurídica da Câmara de Vereadores e, segundo o Legislativo, não devem ser votados neste ano devido ao prazo limitado para audiências públicas e trâmites regimentais.